MP investiga bolsonarista Douglas Garcia por improbidade administrativa

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar possível prática de improbidade administrativa pelo deputado estadual Douglas Garcia, expulso do PSL na noite de quarta (15). Ele é acusado de usar seu email institucional e seu expediente na Assembleia Legislativa para elaborar um "dossiê de antifascistas".







O órgão acatou denúncia feita pelo mandato coletivo da Bancada Ativista (PSOL-SP). Em junho, Garcia anunciou ter compilado informações como nomes, locais de trabalho e fotos de cerca de mil pessoas autodenominadas "antifas" (antifascistas).



"Filtrando os antifas de outros Estados para encaminhar a deputados estaduais responsáveis para que tomem as devidas providências contra estes terroristas. Vamos criar uma rede de combate ao terrorismo", escreveu o deputado estadual à época.



Na última semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que Garcia forneça dados de protocolos que comprovem que o dossiê foi entregue às autoridades.



Segundo o gabinete do deputado, não foi cometida improbidade administrativa. E, "de acordo com o procurador de Justiça Mário Antonio de Campos Tebet", afirma o gabinete, Garcia agiu no exercício de direitos conferidos pela Constituição e pelo Código Penal ao remeter os documentos à autoridade policial.



As deputadas estaduais Sâmia Bomfim e Isa Penna (PSOL-SP) e o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), que também fizeram denúncias, foram oficiados para prestarem informações junto ao inquérito civil.O fundador da Ação Antifascista São Paulo, Gustavo Bellatore, o fundador da Gaviões da Fiel, Chico Malfitani, e Beatriz Mascarenhas, membro do Porcomunas, organização de torcedores do Palmeiras, também devem ser ouvidos por terem participado de ato antifascista na capital no final de maio.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem