Outras cinco pessoas ficaram feridas em ação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão
Baleada durante uma operação da Polícia Civil no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira, Ágatha Alves de Sousa permanece internada, em estado grave, no Hospital estadual Getúlio Vargas. A ação visava a cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra traficantes do Comando Vermelho (CV). Além dela, um suspeito também ficou em estado grave.
Os demais feridos foram Felipe Barcelos, Tamires Silva Soares, Manuel Rodrigues de Sousa e o policial civil Davyson Aquino da Silva, todos liberados após cirurgia. Treze pessoas foram presas.
Um foragido da justiça de Minas Gerais foi um dos presos. Os policiais apreenderam drogas, carga roubada, peças de fuzis, carregadores, roupas táticas, celulares e anotações do tráfico. Ao menos 15 veículos roubados foram recuperados.
Invasões de comunidades rivais
Segundo a Polícia Civil, o Complexo da Penha é o local de onde partem as ordens para invasões de comunidades dominadas por facções rivais. Além disso, a região também abriga traficantes do Comando Vermelho de outros estados. De forma geral, ela é considerada a base operacional da facção no Rio de Janeiro.
As investigações apontam que traficantes do CV são responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para viabilizar a compra de armamento, munição e o pagamento de uma “mesada” aos parentes de presos faccionados, bem como das lideranças da facção. Os chefes do CV envolvidos nesses crimes são: Edgar Alves Andrade, o Doca, Carlos Costa Neves, o Gardenal, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW.
Em nota, a Polícia informou que 200 criminosos foram presos na 2ª fase da Operação Torniquete, que começou em setembro deste ano.
Ação integrada
A operação contou com o apoio de unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE); do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC); do Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB); do Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI); da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE); e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Policiais civis do Pará e do Ceará também atuaram na operação.