PMs que registravam uma ocorrência intervieram, fazendo disparos contra o agressor
O policial civil Vinícius Silva de Souza morreu, e uma agente ficou ferida, nesta terça-feira, numa troca de tiros em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Civil, a agente lotada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) daquele município estava trabalhando quando o policial civil, com quem tinha um relacionamento, apareceu. Ela havia relatado a colegas que teve um conflito com ele. Ao encontrá-la, o homem atirou quatro vezes contra a agente.
Outro policial da Deam reagiu e disparou contra ele, que fugiu em direção à 59ª DP (Duque de Caxias), que fica no mesmo imóvel. Na outra unidade, o policial contra outros agentes, e houve confronto. "Diante do risco para os agentes e para a população, policiais civis e militares que estavam na delegacia precisaram contê-lo, em legítima defesa", diz a nota da Polícia Civil. Ele morreu no local.
A agente baleada é Viviane Maia da Rosa, de 33 anos. Ela foi levada para o Hospital Moacyr do Carmo, também em Caxias, e passa por uma cirurgia. O estado de saúde dela é grave. Nos pertences do policial morto, foram encontrados remédios para esquizofrenia, o que pode indicar um surto psicótico.
De acordo com uma policial colega de Viviane, que preferiu não se identificar, a agente teria se escondido atrás dos carros ao ser surpreendida pelos disparos.
De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi solicitada para o local. A investigação está em andamento na 59ª DP e na Deam Caxias, com apoio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) informou que se solidariza e está dando todo o suporte necessário às famílias dos dois policiais civis.
A recomendação da Polícia Civil é que as pessoas que precisam de atendimento procurem a 60ª DP (Campos Elíseos).
Tiros causaram pânico na vizinhança
O tiroteio causou pânico em quem estava nas redondezas. Na entrada da delegacia é possível ver vidros estilhaçados no chão. A perícia recolheu mais de 20 cápsulas do chão. Moradora local, Andreza Souza, relatou que acordou com o barulho dos tiros:
— Foram mais de cem tiros. Foi desesperador. Moro aqui há 33 anos e nunca vi nada assim — contou.
Os disparos deixaram marcas na fachada da delegacia, estilhaçaram a porta da entrada principal e atingiram veículos parados perto do imóvel, incluindo um caminhão.
— O caminhão está furado, tudo está alvejado — contou uma testemunha.