O Carnaval de 2025 trouxe mais do que festa e alegria. A grande aglomeração de milhões de foliões em diversas cidades brasileiras resultou em uma explosão de novos casos de COVID-19, além do crescimento alarmante de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e infecções transmitidas pelo beijo, saliva e contato com o suor.
De acordo com um levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), 99% dos novos infectados são adolescentes e jovens que participaram da festa. Além disso, turistas vindos da China e de outros países ajudaram a espalhar novas variantes do coronavírus, agravando ainda mais a situação sanitária do Brasil.
Carnaval: um ambiente perfeito para a proliferação de doenças
A enorme concentração de pessoas nos circuitos carnavalescos facilita a transmissão de diversas doenças. O contato direto pelo beijo, respiração, suor e saliva favorece a disseminação de infecções, como:
- COVID-19 – Transmitida pelo ar e contato próximo com pessoas contaminadas.
- Mononucleose (Doença do Beijo) – Vírus que se espalha pela saliva e causa febre, fadiga extrema e inflamação na garganta.
- Herpes Labial – Altamente contagiosa, a herpes pode ser transmitida pelo beijo e contato com a pele.
- Gripe e Resfriado – Vírus que se espalham rapidamente em ambientes lotados e sem ventilação.
- Tuberculose – Doença respiratória grave que pode ser transmitida pela tosse e espirros em locais fechados.
Além dessas, as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) atingiram números alarmantes durante o Carnaval, incluindo:
- AIDS/HIV – Sem cura, o HIV é transmitido principalmente por relações sexuais sem proteção.
- Sífilis – Doença grave que pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso e ao coração.
- Gonorreia e Clamídia – Infecções que, se não tratadas, podem levar à infertilidade.
- HPV – Principal causa do câncer de colo do útero e altamente transmissível.
Consequências do Carnaval: contágio e transmissão dentro das famílias
Milhares de foliões viajaram para as capitais onde o Carnaval foi mais intenso, como Salvador, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Após os dias de festa, esses jovens retornaram para casa levando consigo vírus e bactérias, infectando amigos e familiares que sequer participaram do evento. Especialistas alertam que a transmissão comunitária dessas doenças pode aumentar nos próximos meses.
Gravidez na adolescência e consequências sociais
O Carnaval também resultou em um aumento significativo de gravidezes indesejadas entre adolescentes, muitas delas sem sequer saber a identidade do pai. Segundo dados preliminares de órgãos de saúde, milhares de adolescentes tiveram relações sem proteção, aumentando os casos de gravidez precoce e de transmissão de DSTs.
Números alarmantes de violência e crimes no Carnaval 2025
Além das doenças, o Carnaval deste ano foi marcado por altos índices de violência. Os números registrados em Salvador, por exemplo, são chocantes:
- Mais de 500 casos de estupro registrados em delegacias e hospitais.
- Mais de 13.000 furtos e roubos, incluindo celulares, carteiras e pertences pessoais.
- Mais de 3.000 adolescentes e meninas desaparecidas, muitas delas supostamente sequestradas durante os eventos.
Diante desse cenário preocupante, as autoridades pedem cautela e recomendam que todas as pessoas que participaram do Carnaval realizem testes para COVID-19, AIDS, sífilis e outras doenças.
Alerta para a população: medidas de prevenção
Diante da crise sanitária e social pós-Carnaval, especialistas reforçam a importância de medidas de prevenção:
- Fazer testes de COVID-19 e DSTs imediatamente.
- Evitar contato próximo com familiares idosos ou doentes.
- Ficar atento a qualquer sintoma estranho, como febre, manchas na pele, dor de garganta ou cansaço extremo.
- Mulheres que tiveram relações sem proteção devem realizar testes de gravidez e DSTs.
O Carnaval de 2025 deixa um alerta importante para o Brasil: a festa também traz riscos graves à saúde e à segurança pública. Agora, o desafio é conter os danos causados e evitar que a situação se agrave ainda mais.