Em comunicado, escola menciona Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, integrante da chamada "nova cúpula da contravenção"
A diretoria do Salgueiro publicou, nesta quinta-feira, uma nota criticando o resultado da apuração do carnaval. Em comunicado divulgado no Instagram, a escola agradeceu ao patrono Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, integrante da chamada "nova cúpula da contravenção", e afirmou que segue firme na busca pelo título no próximo ano. A nota também diz que a escola não vai "se intimidar com essa quadrilha de canalhas que está tentando acabar com o carnaval", referindo-se a supostos "ladrões de plantão".
"Aos ladrões de plantão, fica o aviso: o Salgueiro não irá se intimidar com essa quadrilha de canalhas que está tentando acabar com o carnaval, prejudicando aqueles que trabalham com seriedade. O Salgueiro, junto com outras escolas de samba, vai trabalhar para um carnaval claro, limpo e justo, em respeito ao carnaval e a todos os amantes da festa", diz um trecho da nota.
Nos comentários, a rainha de bateria da escola, Viviane Araújo, afirmou que a agremiação sofre perseguição. "A perseguição contra nossa escola é clara. Mas não vamos nos intimidar. Seguimos lutando sempre", escreveu.
A Vermelho e Branco ficou fora do Desfile das Campeãs após ter o somatório de notas final de 269,2 pontos. A escola recebeu nota máxima em pelo menos quatro quesitos: mestre-sala e porta-bandeira, bateria, harmonia, evolução e comissão de frente. As menores pontuações foram nos quesitos enredo, alegorias e adereços, fantasia e samba-enredo.
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) foi procurada para comentar a publicação do Salgueiro, mas ainda não respondeu ao contato.
A Unidos da Tijuca também fez uma publicação comentando o resultado do carnaval do Rio. Em vídeo publicado no Instagram da escola, o carnavalesco Edson Pereira afirmou que não vai perder o ânimo e que vai vencer a "estrutura" que não "favorece" a agremiação.
"Eu não vou esmorecer nem deixar que isso abale minha vontade de fazer cada vez mais pela nossa escola. Espero que todos vocês estejam ao meu lado para que possamos fazer de 2026 um ano muito melhor que 2025, porque tenho certeza de que venceremos toda essa estrutura que hoje não nos favorece. [...] Não permitiremos que nos calem ou nos coloquem em posições que não nos cabem. Vamos continuar trabalhando, porque nosso destino é recomeçar", disse ele.
A Unidos de Padre Miguel, que foi rebaixada neste ano, reconheceu ter cometido algumas falhas, porém classificou como baixas e injustas as notas recebidas no julgamento, além de chamar o resultado de "inaceitável" e que não condiz com o que a agremiação apresentou na avenida.
"A Unidos de Padre Miguel entrou na Sapucaí com garra, emoção e a força de sua comunidade, confiante de que seguiria no Grupo Especial. Sabíamos que não seria fácil, reconhecemos que cometemos algumas falhas, mas nada que justificasse as notas tão baixas e injustas que recebemos. O resultado do julgamento é inaceitável e não condiz com o que apresentamos na Avenida", diz um trecho da nota da escola da Vila Vintém.