Suboficial da Marinha está internado em estado grave no Hospital Albert Schweitzer
Um ataque a tiros ocorrido na noite desta quinta-feira num bar em Jardim Sulacap, na Zona Oeste do Rio, deixou três homens mortos e um quarto ferido. Bandidos chegaram ao local, que estava cheio, de carro e abriram fogo.
Luiz Claudio Soares Serpa, de 61 anos, Luis Philippe Pires, de 25, e Jadir Barbosa Tavares Junior, de 33, morreram no local. Os corpos foram levados para o Instituto Médico-Legal (IML). O suboficial da Marinha Alexandre Oliveira de Melo, de 59 anos, foi socorrido para o Hospital municipal Albert Schweitzer. O estado de saúde dele é grave.
O ataque foi por volta das 22h40. Quatro homens armados chegaram ao bar, na esquina das ruas Modestino Kanto e Bárbara Heliodora, num Corolla de cor escura, e atiraram contra o comércio. Segundo testemunhas, houve pânico e correria. Pessoas correram para tentar se proteger. Alguns disparos atingiram também uma casa próxima.
Os bandidos fugiram pela Rua Bárbara Heliodora. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados para o local. As equipes do 14º BPM (Bangu) isolaram o local. Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) fizeram uma perícia. A unidade investiga o ataque. De acordo com a Polícia Civil, "diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime".
Quem era o alvo
De acordo com o RJ1, da TV Globo, o alvo dos atiradores era Jadir Barbosa, sobrinho do ex-vereador Jair Barbosa Tavares, conhecido como Zico Bacana. O político morreu assassinado em agosto de 2023 em circunstâncias parecidas com o ataque ocorrido nesta quinta-feira.
Segundo testemunhas contaram à policia à época, um carro passou com homens armados atirando na direção da padaria onde Zico Bacana estava, na esquina das ruas Eneas Martins com Francisco Portela, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. Na ocasião, outras duas pessoas morreram: Jorge Barbosa Tavares, irmão do ex-vereador, e Marlon Correia dos Santos.
Zico Bacana foi eleito vereador nas eleições de 2016, pelo PHS, ocupando o cargo entre 2017 e 2020. No último pleito, concorrendo pelo Podemos, ficou como suplente. Durante o mandato, ele também levou um tiro na cabeça, mas de raspão, enquanto estava em um bar, em 2020.
Em 2008, antes de ser eleito, foi citado na CPI das Milícias como um dos chefes de grupos paramilitares que atuavam na região de Guadalupe e Ricardo de Albuquerque, mas nunca foi sequer indiciado.